quarta-feira, 27 de março de 2013

Grandes jornadas começam com o primeiro passo





Prefiro um empresário local que um político de passagem aventureiro e oportunista;
O recado das urnas foi dado
Isto já é resultado do inconsciente coletivo que busca por a casa em ordem.
A retomada da cidadania dar-se-á por mobilização e participação
As duas ações demandam tempo,
e tempo é uma riqueza que a sociedade moderna não possui.
Perdemos o hábito desde a época da ditadura.
Com a omissão da sociedade os oportunistas se instalaram
 e no decorrer dos últimos trinta anos se fortaleceram e se estruturaram.

Quando os interesses da coletividade não se manifestam,
Os interesses individuais e oportunistas se estabelecem.

Cabe agora, à sociedade recuperar o tempo perdido.
Cabe agora, aos movimentos cidadãos retomar a participação e a fiscalização.
Qualquer .... repito: qualquer cargo representativo, precisa ser fiscalizado e cobrado;
 em todos os  segmentos: privado (empresarial, coletivo ou individual) ou público.
É desta forma que os interesses dos representados serão defendidos.

Porém, é importante que se tenha consciência de que não se trata de um embate.
Trata-se, isto sim, da arte do debate   ...falar, ouvir, refletir, concluir respeitar e aceitar.
Entendo que não cabe apontar vencidos ou vencedores.
A busca tem que ser pela melhoria do TODO

Uma vez ouvi a pérola:
todo mundo tem a sua razão. O que atrapalha é a razão dos outros”

A sociedade é composta por indivíduos, seus segmentos e interesses.
Neste universo incluem-se: os empresários, o capital empreendedor, o capital especulativo,
 o político “Dom Quixote”, o político amarrado, os conservadores minimalistas,
os visionários cosmopolitas, os ciclistas, os vendedores de automóveis,
a turma do chão da fábrica que já sentiu no bolso um corte de horas extras
 devido a uma crise européia,
os prestadores de confortos “supérfluos” (primeiros a serem cortados nas horas de aperto),
 os servidores, ... em suma: muita, muita diversidade.

Oxalá tivéssemos centenas de movimentos com a mobilização do Passe Livre (MPL),
defendendo os mais diversos objetivos e pontos de vista.
A oportunidade da apreciação das diferenças resulta em crescimento.
E é a constância desta mobilização que trará o resultado pretendido.
Exigir o equilíbrio perfeito ... justo e democrático, pode soar utópico agora.
Mas são os primeiros passos para atingi-lo
O resultado, muito provavelmente não será o ideal,
 mas será o que for conquistado com a participação dos que se dispuserem a
 participar, somar e debater.




quinta-feira, 21 de março de 2013

A cidade que queremos






Mãe - mulher – cidade.
Sou “filho” da cidade maravilhosa.
Amo minha mãe/city.
Conheço suas qualidades e seus defeitos;
Crescido, cortei o cordão umbilical.
Ainda a admiro e sinto saudades ....
Nos reencontramos oportunamente.
Conheci outra “mulher”.
Eu e Caxias do Sul nos esbarramos, nos conhecemos,
Nos apaixonamos .... e fomos morar juntos.
Descobertas, crescimento, amadurecimento ...
“Ela” me deu uma filha.
Vivemos grandes momentos.
Porém ... no decorrer do relacionamento, nos distanciamos.
O que era união virou antagonismo.
O divórcio foi inevitável.
Hoje, passados alguns anos e esquecidas as magoas,
reconheço suas grandes qualidades.
Fica a nostalgia de um período positivo.
Então, conheci Joinville.
Namoramos.
Escaldado na experiência anterior não me entreguei à paixão.
Nos aproximamos com mais cautela   .... mas a relação se formou.
Fomos morar juntos.
Nossa relação já dura sete anos.
Diariamente ainda observo seus trejeitos e aprendo.
Com mais experiência, tento participar mais ativamente na evolução desta personalidade meio contraditória:
 ora interiorana, ora cosmopolita.
“Ela” cresce, muda, evolui, aprende ....
e eu (pobres homens) tento entender-lhe as vontades.
Aprendi que, apesar da idade madura (mais de 160 anos),
a moça se redescobriu desde os anos 80.
“Ela“ já deu a entender que quer mudar.
Confusa, ainda não sabe se permanecerá na brejeirice charmosa e nostálgica,
ou se transformará sua pólis num centro de pujança econômico-financeira.
Essa futura Joinville não é mais aquela que eu conheci.
Faço esforço para entendê-la.
Tento participar de seus pensamentos e, dentro de minha limitada experiência,
fornecer-lhe dados que fundamentem suas decisões.
Porém, comigo ou “sem-migo” o processo de mudança é uma realidade.

Concluo que, da mesma forma como em nossas relações conjugais, onde negociamos diariamente buscando aprimorar o convívio e a qualidade do relacionamento,
devemos, em relação à nossa cidade, participar, nos manifestar, ouvir, debater, cobrar, ceder... em suma, entendê-la como um organismo vivo e mutante, em constante evolução, e ainda assim dependente de nosso empenho em torná-la a cidade que queremos.