A lagarta
O agora, candidato (lagarta) é só sorrisos.
Tudo está ruim e suas promessas trarão melhorias.
Circula na cidade, abraça o povo, beija criança e toma café no boteco.
Promete chuva e promete sol
O que será que acontece naquele minuto mágico que antecede à oficialização
do resultado de uma eleição?
Como deve se sentir um candidato segundos antes de se tornar um eleito?
Será que ele pensa nas promessas?
Será que ele pensa nos eleitores? Nas pessoas, não nos números.
Será que ele reafirma seu comprometimento?
E no momento da oficialização dos resultados?
Ele lembra do povo ou lembra dos números?
Como ele acorda no dia seguinte?
Será que pensa na qualidade de vida da cidade ...
ou na possibilidade de negociação de cargos?
A lagarta virou borboleta
Muito mais rápido que a lepidóptera,
a fase de casulo do candidato é quase instantânea.
Já acorda borboleta, poderoso, inatingível e detentor
da caneta por quatro longos anos.
Será responsável pela vida de milhares de ... números.
Pois é. Não são mais cidadãos nem eleitores, não têm nomes
Agora serão cobradores e detentores de direitos civis que deverão ser atendidos.
Os “números” já não são ponte para o poder; viraram fonte de problemas e atribuições.
Os “números” agora cobram o atendimento de suas necessidades.
De uma hora para outra a borboleta esquece o que a lagarta prometeu.
“ - Não era eu! ”
Uma coisa é uma coisa, a outra coisa é ouuuutra coisa.
Sumiu. Ninguém sabe ninguém viu.
Não tem abraço nem beijo.
Como se dá a transformação cerebral?
Que maldito poder é esse que destrói a personalidade
daquele que nos prometia esperança?
Esperança de harmonia, de ordem e de progresso.
Esperança de comprometimento público e moral.
Esperança de melhoria de qualidade de vida.
Quantos enfileirados ainda passarão pelo transformação?
Raimundo Colombo, levado ao governo pelos braços de Joinville,
nos retribui com o esquecimento.
Que vergonha.
Carlito Merss que tanto criticava a falta de transparência e
o cabidaço de empregos da administração anterior .... calou-se.
Que vergonha.
Quantos mais nos farão de tolos.
Quantos mais nos usarão e às nossas esperanças, para ascensão pessoal?
Quando desenvolveremos a visão para enxergar a borboleta dentro da lagarta?
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