Mãe - mulher –
cidade.
Sou “filho” da cidade
maravilhosa.
Amo minha mãe/city.
Conheço suas
qualidades e seus defeitos;
Crescido, cortei o
cordão umbilical.
Ainda a admiro e
sinto saudades ....
Nos reencontramos oportunamente.
Conheci outra “mulher”.
Eu e Caxias do Sul
nos esbarramos, nos conhecemos,
Nos apaixonamos ....
e fomos morar juntos.
Descobertas,
crescimento, amadurecimento ...
“Ela” me deu uma
filha.
Vivemos grandes
momentos.
Porém ... no decorrer
do relacionamento, nos distanciamos.
O que era união virou
antagonismo.
O divórcio foi inevitável.
Hoje, passados alguns
anos e esquecidas as magoas,
reconheço suas
grandes qualidades.
Fica a nostalgia de
um período positivo.
Então, conheci
Joinville.
Namoramos.
Escaldado na experiência
anterior não me entreguei à paixão.
Nos aproximamos com
mais cautela .... mas a relação se
formou.
Fomos morar juntos.
Nossa relação já dura
sete anos.
Diariamente ainda observo
seus trejeitos e aprendo.
Com mais experiência,
tento participar mais ativamente na evolução desta personalidade meio
contraditória:
ora interiorana, ora cosmopolita.
ora interiorana, ora cosmopolita.
“Ela” cresce, muda,
evolui, aprende ....
e eu (pobres homens)
tento entender-lhe as vontades.
Aprendi que, apesar
da idade madura (mais de 160 anos),
a moça se redescobriu desde os anos 80.
a moça se redescobriu desde os anos 80.
“Ela“ já deu a
entender que quer mudar.
Confusa, ainda não
sabe se permanecerá na brejeirice charmosa e nostálgica,
ou se transformará sua pólis num centro de pujança econômico-financeira.
ou se transformará sua pólis num centro de pujança econômico-financeira.
Essa futura Joinville
não é mais aquela que eu conheci.
Faço esforço para
entendê-la.
Tento participar de
seus pensamentos e, dentro de minha limitada experiência,
fornecer-lhe dados que fundamentem suas decisões.
fornecer-lhe dados que fundamentem suas decisões.
Porém, comigo ou “sem-migo”
o processo de mudança é uma realidade.
Concluo que, da mesma
forma como em nossas relações conjugais, onde negociamos diariamente buscando
aprimorar o convívio e a qualidade do relacionamento,
devemos, em relação à
nossa cidade, participar, nos manifestar, ouvir, debater, cobrar, ceder... em
suma, entendê-la como um organismo vivo e mutante, em constante evolução, e
ainda assim dependente de nosso empenho em torná-la a cidade que queremos.
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