terça-feira, 27 de setembro de 2011

Descriminalização do Aborto

Comentário postado no Chuva Ácida ( http://www.chuvaacida.info/ ) 


Parabéns, Maria Elisa. Parabéns Baço. Estendo meus cumprimentos à Miryam Mastrella e ao Rafael Kracizy.
http://www.chuvaacida.info/2011/09/notas-sobre-discriminalizacao-do-aborto.html

Que venha à pauta um debate bem argumentado e liberto de pré-conceitos hipócritas e piegas.



Rafael Kracizy disse...

Acredito que o debate sobre a legalização é importantíssimo. Pois a meu ver o que falta é um esclarecimento da população e digo isso por inúmeros fatores:
1: Você não será obrigada a abordar, mas se optar por isso fará de forma legal.
2: Os hospitais e centros de saúde deverão estar preparados para fazer o procedimento, inclusive com acompanhamento psicológico.
3: Os riscos a saúde da mulher serão reduzidos.
4: Acredito deve haver uma boa relação de crianças "indesejadas" e abandono, criminalidade e outros problemas de nossa sociedade.
5: A decisão final ainda será dos pais.


Como administrador – penso que o gestor público deve se concentrar no bem estar da população – agora e no futuro.
No “agora” tem que zelar pela saúde da população, evitando que descuidos de prevenção, induzam à busca por soluções desesperadas em locais sem condições técnicas e estruturais; correndo o risco de desencadear problemas emergenciais que culminam nas já sobrecarregadas emergências públicas.
Ou seja: Transou, não cuidou, engravidou, desesperou, buscou uma clinica clandestina, deu problema, correu pra emergência. Muito mais risco, muito mais custo e ocupando tempo de emergências ......quando o processo poderia ser feito com calma, planejamento, tempo e com reduzido risco de intercorrências.

No “futuro” , como gestor de recursos públicos, tem que pensar que um cidadão não planejado afeta toda a estrutura da família. Sonhos serão interrompidos. Planos serão desfeitos. Tempo e atenção serão necessários. Estudos serão dificultados. Uma carreira poderá ser desviada ou interrompida. O que seria uma cidadã produtiva torna-se uma mãe jovem, dependente e sem perspectiva. O nascituro exigirá recursos para saúde e educação

É uma forma fria de ver? Sim.
Mas é pior ver uma criança sofrendo e sem esperança de qualidade de vida.
É pior ver uma mãe adolescente sem estrutura sequer para entender o que lhe espera.

O ponto de vista religioso é de cunho pessoal e cabe a cada um usar a sua crença como guia de raciocínio. É bom lembrar que o mesmo critério deveria ter sido usado na hora da concepção.

Então, não cabe ao administrador questionar esta ou aquela crença. Tem que ser feito o que é melhor para a coletividade. A mãe tem que ter o apoio para sua saúde e orientação para que não ponha sua vida em risco.  E o Estado não assume o custo futuro de suporte de educação e saúde até que este embrião não planejado se torne um cidadão produtivo.

Como pai - Tenho uma filha de 16 anos e não concebo que ela se prive dos prazeres de uma relação sexual saudável (na hora certa - !?!?), e desde já friso a responsabilidade que é gerar uma vida e o quanto isso transforma toda uma existência.

Só faça filhos se tiver absoluta certeza de poder lhe proporcionar qualidade de vida, atenção e muito, muito amor.
Estude, transe, namore, junte, viaje, trabalhe, transe de novo, faça cursos, cante, dance, aprenda idiomas,  progrida, transe mais, namore mais, viva, viva, viva .. e quando estiver plena de suas necessidades pessoais encha-se de amor e gere uma vida. E nunca a culpará por algo que deixou de fazer.

É isso.
Que venha o debate.
Que venha a argumentação.
Que venha a dialética.
Bem vinda, Chuva Ácida


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