"Todos têm a sua razão. O que atrapalha é a razão dos outros."
Temos aqui, três grupos envolvidos num dilema:
O governo municipal:
– personalidade jurídica contratante da mão de obra e responsável pela prestação dos serviços municipais.
O servidor municipal:
- contratado pelo poder público para e intermediar o povo e a personalidade jurídica da prefeitura.
O povo:
- que elegeu um grupo de cidadãos para administrar a personalidade jurídica da prefeitura e gerir os recursos e a mão de obra contratada para atender as necessidades da vida coletiva da cidade.
Estamos de acordo?
Alguém discorda?
Feita esta primeira colocação, passemos para o passo seguinte.
Quem fez o dever de casa?
O governo municipal:
Os “bonitinhos” que foram eleitos pela população para gerir os recursos e a mão de obra do município fizeram o que deveriam ter feito?
Cumpriram as promessas da campanha?
Mantiveram como principio supremo o bem estar da população e a melhoria da qualidade de vida da cidade?
Puseram gestores, controladores e chefes tecnicamente qualificados para administrar a mão de obra municipal?
Escolheram com critério a mão de obra para a execução dos serviços para a população?
Remuneraram descentemente esta mão de obra?
Providenciaram todo o suporte de estrutura física, material e ferramental para que a mão de obra municipal pudesse exercer plena e satisfatoriamente as suas funções?
Zelaram e cobraram qualidade de todos os serviços executados?
O servidor municipal:
Os “lindinhos” que fizeram concurso para prover mão de obra para a prefeitura municipal fizeram o que deveriam ter feito?
Cumpriram as promessas de nomeação?
Mantiveram o principio supremo de atender cordialmente a população e zelar pelo patrimônio do povo? Cuidaram dos prédios? Cuidaram dos veículos? Os bueiros das ruas ficaram niveladinhos com o asfalto? As repartições acabaram com as filas de espera? E os que estavam esperando, foram informados e tratados com presteza?
Puseram a disposição dos cidadãos a sua qualidade e capacidade de trabalho?
Cumpriram com os compromissos de tempo e dedicação pessoal para o qual foram contratados?
Se esforçaram para atender, no mais breve período de tempo possível, as necessidades dos cidadãos que precisaram e procuraram seus serviços?
Reportaram a seus superiores todas e quaisquer irregularidades que pudessem comprometer a agilidade, a qualidade e a idoneidade dos serviços postos a disposição da população?
Zelaram e fizeram respeitar o patrimônio da cidade?
Executaram suas tarefas de forma a repudiar peremptoriamente qualquer tipo de crítica quanto à qualidade e a presteza de sua conclusão?
O povo:
Prestou atenção às aptidões administrativas dos cidadãos eleitos para gerir a prefeitura?
Zelou e fez respeitar o patrimônio da cidade? Parou o carro no meio do cruzamento? Jogou lixo na rua?
Zelou e fez respeitar a sua rua? A sua escola? O seu hospital? A sua praça? A sua polícia?
Se fez respeitar? O cidadão respeitou o cidadão?
Afinal? Quem tem razão? Acho que todos estão errados.
Quem não faz o dever de casa tem punição:
O povo perdeu sua qualidade de vida. A pior punição possível.
Os eleitos para administrar o município terão sua resposta nas urnas.
Os funcionários municipais, agraciados com a estabilidade, terão sim seu aumento, porém deveria ser condicionado a uma resposta de avaliação da população sobre a qualidade da prestação de serviço. As empresas locais poderiam prover os locais de trabalho com aqueles “pirulitos eletrônicos” de pesquisa de opinião.
Não vou questionar a greve. Vou questionar o enfoque que o cidadão de Joinville da à sua cidade.
O cidadão que será eleito para geri-la,
O cidadão que fez concurso, e como funcionário, trabalha e faz a máquina andar.
... e o cidadão que vive e dá vida à cidade.
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