quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Balanço 2014

Bolsonaro, Dilma, Aécio, a dinastia Sarney sai, o Maluf volta, FHC, LHS, ILS (aeroporto de Joinville), Jec, Copa, vaia, estádios, 7x1, papa Chico, Udo, Iririú, Iluminação, ônibus queimado, mobilidade, bike, idosos, Santos Dumont (Av.), LOT, espraiamento, verticalização, adensamento, Petrobrás, Telebrás, Joaquim Barbosa, Lula, Obama, espionagem, Cuba, falta d’água, excesso d’agua, PIB, coxinha, político na cadeia, construtora na cadeia, denuncia premiada, ditadura, morre Chapolin, Xuxa fora da Globo, eleição, helicóptero que pousa, avião que cai, pó aqui e pó ali, ebola mata, black bloc, Sininho, Veja, Eike, balde d’agua na cabeça, administração judicializada, juiz achando que é Deus, corrupção, bandido preso em poste, tigre dilacera braço de guri, viaduto cai, decapitação ao vivo, homofobia, transito matando como nunca, ortopedia botando pelo ladrão, candidatos em debate sem trocas de ideias,  ... desprezo, ... descaso, ... desinteresse, ....

A internet bomba. Bomba e explode em argumentos; mas separa. 

O que deveria ser uma ferramenta de troca de experiências vira um rinque de agressões extremistas, segregacionistas, e repletas de conceitos “pré-antagônicos” e absolutamente inflexíveis – se não compartilhas de minhas ideias, estais errado. Uma falta total de empatia e de consciência das infindáveis facetas de interesses individuais. Perdemos precioso tempo tentando convencer os outros, quando deveríamos nos esforçar para tentar entendê-los, possibilitando agregar conhecimento às nossas próprias opiniões.

Briguei, gritei, propaguei, acusei, fofoquei, divulguei, comentei, compartilhei, curti e descurti, cutuquei, impliquei, contra argumentei, defendi com veemência coisas e pessoas que não conheço como se profundo conhecedor fosse (?) enfrentando em espaço virtual coisas e pessoas que também não conheço. Por quê?

Só para convencê-los da “minha” verdade?

2014 foi o ano de se situar e entender o eu, o teu, o dele e o nosso.
É hora de experimentar ouvir (ler) querendo entender e querendo absorver para agregar.

Em suma ... devemos dar atenção aos interesses dos outros. 

Devemos fazer nosso interlocutor perceber que nos esforçamos para entender suas opiniões e a defesa de seus interesses. Devemos entender que cada pessoa tem o seu critério de qualidade de vida, suas particularidades de necessidades, desejos e realizações.


Éééééégua ! Que venha 2015





sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Aqui tem um responsável






Na mesa do presidente norte americano Harry Truman, havia uma placa que dizia: “The Buck Stops Here” – numa tradução livre, algo como: “o responsável está aqui”.... ou, “eu vou resolver e eu sou o responsável” ... para definir que: aqui tem quem decide, faz acontecer, delega, cobra eficácia, prazo, agilidade e qualidade, responde, resolve e se responsabiliza ..... 


Pois é. Nesta época de não sei’s, não sabia, não fui eu, o responsável não está, não posso dar informação, etc... nos deparamos com uma característica social que sobrecarrega negativamente nossa qualidade de vida. 

Quando nos defrontamos com um problema refutamo-lo na esperança de que outro alguém o absorva, quando o correto seria que todos os envolvidos se unissem espontaneamente para que juntos dirimissem o entrave, sem que se tornasse um peso demasiado a um só. 

Infelizmente o quadro é mais agudo no setor público. Chefias dadas em gratidão ou em pagamento por apoio, não raramente são despreparadas ou excessivamente comprometidas, poupando o “padrinho” de pressões desagradáveis usando o simples artificio de não resolver ou postergar até o possível. Se a instância superior é centralizadora, não delega e não dá autonomia,  o processo é interrompido. 

Um quadro qualificado e formado a custo de disputado concurso é envolto em desestímulo e frustração funcional por todos os níveis. Tomar uma decisão e por ela se responsabilizar torna-se uma ideia bloqueada. O compromisso em resolver o problema torna-se etéreo – um ideal que cabe a outro alguém promover.

“O responsável está aqui” é um conceito que deveria ser fomentado em todos os níveis hierárquicos. Na colocação de calçamento, na manutenção de um veículo ou de um jardim, no atendimento de balcão, na licitação, na prestação de serviço, no labirinto da burocracia, nos licenciamentos, na resposta por escrito, na segurança .... se alguém busca um atendimento público, é porque tem uma necessidade, e quem procura espera encontrar alguém que resolva. Isso não é trabalho extra ... isso é a razão do seu trabalho existir.

Querer assumir este papel e puxar pra si a responsabilidade ativa e passiva de uma ação pressupõe compromisso com ética e lisura. Eu ainda acrescentaria uma boa dose de transparência para não deixar dúvidas em relação aos atos.


Não deixe passar a oportunidade de ser um responsável – faça acontecer.