quinta-feira, 21 de março de 2013

A cidade que queremos






Mãe - mulher – cidade.
Sou “filho” da cidade maravilhosa.
Amo minha mãe/city.
Conheço suas qualidades e seus defeitos;
Crescido, cortei o cordão umbilical.
Ainda a admiro e sinto saudades ....
Nos reencontramos oportunamente.
Conheci outra “mulher”.
Eu e Caxias do Sul nos esbarramos, nos conhecemos,
Nos apaixonamos .... e fomos morar juntos.
Descobertas, crescimento, amadurecimento ...
“Ela” me deu uma filha.
Vivemos grandes momentos.
Porém ... no decorrer do relacionamento, nos distanciamos.
O que era união virou antagonismo.
O divórcio foi inevitável.
Hoje, passados alguns anos e esquecidas as magoas,
reconheço suas grandes qualidades.
Fica a nostalgia de um período positivo.
Então, conheci Joinville.
Namoramos.
Escaldado na experiência anterior não me entreguei à paixão.
Nos aproximamos com mais cautela   .... mas a relação se formou.
Fomos morar juntos.
Nossa relação já dura sete anos.
Diariamente ainda observo seus trejeitos e aprendo.
Com mais experiência, tento participar mais ativamente na evolução desta personalidade meio contraditória:
 ora interiorana, ora cosmopolita.
“Ela” cresce, muda, evolui, aprende ....
e eu (pobres homens) tento entender-lhe as vontades.
Aprendi que, apesar da idade madura (mais de 160 anos),
a moça se redescobriu desde os anos 80.
“Ela“ já deu a entender que quer mudar.
Confusa, ainda não sabe se permanecerá na brejeirice charmosa e nostálgica,
ou se transformará sua pólis num centro de pujança econômico-financeira.
Essa futura Joinville não é mais aquela que eu conheci.
Faço esforço para entendê-la.
Tento participar de seus pensamentos e, dentro de minha limitada experiência,
fornecer-lhe dados que fundamentem suas decisões.
Porém, comigo ou “sem-migo” o processo de mudança é uma realidade.

Concluo que, da mesma forma como em nossas relações conjugais, onde negociamos diariamente buscando aprimorar o convívio e a qualidade do relacionamento,
devemos, em relação à nossa cidade, participar, nos manifestar, ouvir, debater, cobrar, ceder... em suma, entendê-la como um organismo vivo e mutante, em constante evolução, e ainda assim dependente de nosso empenho em torná-la a cidade que queremos.








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